MyPersonality

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95% introvertido, que bom... Não foi um resultado um pouco para o extremo, nem nada. =P

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Excerto da minha história

Bem, aqui vai um excerto da minha história, tirado algures de um dos capítulos iniciais. Nada muito de especial em relação ao que acontece na história; é só mais para demonstrar a minha maneira de escrever.

"Um calmo estalar de chamas fez-se ouvir. Folhas dançavam ao rumor do ar, este que, roçando-se no seu corpo, ali com suavidade desvanecia. Abriu os olhos, e sob ela surgiam gigantes árvores que ondeavam de tons de laranja e amarelo, e para além delas descansava ainda negro o céu onde as estrelas se estendiam cintilando.
A estalagem fora devorada pelas chamas, vira-a a desvanecer por entre o fogo, poderia ter sido tudo um sonho, se não estivessem ainda tão nítidas as suas memórias do que acontecera. E aquele sufocante odor a fumo... mas agora só lhe cheirava a natureza, e a iluminação era um pouco fraca, provavelmente apenas provinda de uma só e pequena chama.
Sentia dores pelo corpo todo, mas comovida pela curiosidade e ânsia, achou-se forte o suficiente para se levantar: ao mínimo esforço, sentiu os ossos a desabar e escapou-lhe um suspiro de dor.
- Já acordaste? - ouviu a voz triste, familiar e confortável do seu amigo Tevian. - Oh, ainda bem!
O rosto do jovem apareceu-lhe à frente, vago, depois cada vez mais e mais nítido até revelar a sua pele, ainda sem nenhum arranhão ou outra qualquer desgraça. Sentiu a mão dele sobre a sua testa, e teve que perguntar:
- Onde estamos, Tevian?
- Algures na floresta, tivemos sorte em cair sobre esta erva, suavizou a queda.
Agora que se apercebia, o chão era realmente macio. Reparou melhor nos olhos dele, húmidos de preocupação, mas ambos ainda viviam!, por isso retribuiu-lhe com um sorriso.
Voltou novamente a fazer pressão nos braços, e desta vez conseguiu sentar-se. Aparentemente, estavam no meio do nada, contornavam-nos apenas árvores e a escuridão por entre os troncos mais distantes, para a qual a pequena lareira, que faiscava quente ali pertinho dos seus pés, não conseguia dominar. Uma outra corrente de ar fez-se sentir, exaltando novamente as folhas; e a todos estes ruídos nesta descansada solidão juntou-se o de um mocho, distante mas presente.
- Quando amanhecer, partimos - interrompeu Tevian o breve silêncio que se instalara entre os dois.
- Eu sei... - suspirou estafada, e à medida que as palavras lhe tinham saído, uma suave tontura manifestara-lhe na mente. Haveria mais coisas para se preocupar, mas não tinha disposição para pensar - parecia tudo um esforço enorme.
- Eu não quero andar pela floresta com esta escuridão.
- Nem eu.
- Acho que vou manter-me de vigia.
- Mas Tevian, tu deves de estar tão cansado quanto eu...
- Não, eu acho mesmo que é melhor assim...
O sono e o cansaço tomou-a, e rendeu-se à vontade de se deitar. Voltou a ouvi-lo:
- Não te preocupes, chegaremos à capital a salvo...
O ar suspirou uma outra vez. Novamente as folhas agitaram-se e se amoleceram. O mocho manteve-se a dar vida ao local. O cansaço por fim pesou-lhe nas pálpebras dos olhos: uma escuridão envolveu-lhe: e ela sem forças se deixou levar."